terça-feira, 1 de setembro de 2009

depois da queda o olhar curvo sobre os dias que não te visitam. curvo? sim, curvo. um olhar redondo sobre as coisas, redondo de circular. não tens tempo. andas por aí nas ruas de gente sem rosto. ninguém te vê. ninguém te olha. as vozes parece que se esconderam em lugares fundos. dá o salto. dá a merda do salto. o último salto. dá-o. é agora o tempo. é o tempo sem precedentes no meio da tua miséria que já foi um dia. chega de lamentos. chega de histórias por contar. chega de histórias mal contadas. querias o quê? remédios bem temperados e infantis cobertos de mistérios e magias e sonhos. és palerma. as múmias estão mortas. não te esqueças disso. naturezas mortas. cuspir no chão. vomitar no ar. nas paredes. é uma cidade velha. viagens. visitas. corpo. silêncio. silêncio. silêncio. escreves assim. escreves sempre assim. tiroteio interno. maldito sangue este que te forma. amaldiçoar a morte alheia. desconhecidos depois de tanta coisa. crise. bahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh treta. caminho recto. segue o teu rasto. no meio do esterco e da guerra. segue o teu rasto. segue o teu resto. segue o teu rosto. o teu rosto de brilho podre das manhãs secretas. uau. que loucura. que treta de loucura mais infantilmente pacóvia e moribunda. manda cagar. manda cagar o menino. manda cagar a menina. manda cagar. manda cagar. vai dançar hoje. vai dançar. rir do mundo que já lá foi. que morreu no seu próprio isco. na sua própria fraude. no seu reflexo encontrarão o seu caminho de cinza. última vez. testamento. praga. hahahaha bahhhhh

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