segunda-feira, 29 de setembro de 2008

pois pelos vistos lá perderam os meus miúdos... não acho piada nenhuma. até parece que lhes falta alguma coisa para poderem jogar bem. se aprendessem era a dar a volta... enfim... acho que ali alguém precisa de reflectir.

sábado, 27 de setembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Daniel Emilfork



The king's taken back the thrown
The useless seed is sewn
Then they say they're cuttin' off the phone
Well, tell ‘em we’re not home

No place to hide
You're fightin' as a solider on their side
You're still a soldier in your minds
But nothin’s on the line

Say it's money that we need
As if there were only mouths to feed
And knowin' no matter what you say
There's some debts you’ll never pay

Workin' for the church while you family dies
They take what they give you and they keep it inside
Every spark of friendship and love will die without a home

Hear the soldier groan, we’ll go at it alone

I can taste the fear
Lift me up and take me outta here
Don't wanna fight, don't wanna die
Just wanna hear you cry

Who's gonna throw the very first stone?
Oh, who's gonna reset the bone?
Walkin' with your head in a sling
Wanna hear the soldier sing

Workin' for the church while my family dies
Your little baby sister's gonna lose her mind
Every spark of friendship and love will die without a home

Hear the soldier groan, we’ll go at it alone

I can taste you fear (taste you fear)
It’s gonna lift you up and take you outta hear (take you outta hear)
And the bone shall never heal
And I cannot make you kneel

We can’t find you now (find you now)
But they’re gonna get their money back somehow (money back somehow)
And when you finally disappear
Will they say you were never hear?

You’ve been workin’ for the church while your life falls apart (your life, it falls apart)
Singin’ “Hallelujah” with the fear in your heart (the fear is in your heart)
Every spark of friendship and love will die without a home

Hear the soldier groan, we’ll go at it alone
Hear the soldier groan, We’ll go at it alone

tenho aqui uma ideia...

quero escrever uma versão do California Uber Alles dos Dead Kennedys que se vai chamar Cova da Beira Upa Upa!!! se houver algum grupo que queira tocar este futuro grande hit em potencial, já sabe que se pode chegar à frente. facilmente poderemos ver as pessoas nos concertos e pelas ruas a cantar este refrão pindérico mas ainda assim fácil de entrar e cheio de um elevado sentido nada figurativo, imaginem, com a música dos Dead Kennedys por trás: "COVA DA BEIRA UPA UPA, COVA DA BEIRA UPA UPA, UPA UPA COVA DA BEIRA, UPA UPA COVA DA BEIRAAAAA A A A"!!! sucesso garantido em qualquer festa ou convívio. tivesse eu uma guitarra a ver se não a gravava e a metia a circular nos meandros da internet... é preciso lembrar que estão aí a chegar as autárquicas e o bezerro de ouro tem de arder como conta a história!!! e só não a escrevo agora por causa dos palavrões, que como toda a gente sabe estou em retiro, porque isto é para ser punk e como toda a gente sabe não há punk sem palavrões... fica para o mês que vem! oiçam aqui original e digam lá o que acham:

que guerra é então essa que se trava com as coisas? esse experimentalismo? essa construção de castelos de areia? esses fantasmas? tantos e tantos livros que vão ficando por escrever. tanta coisa por arder. sombras a avançar. consome-se a água destes dias. dias que se recusam a cair. os panos de um teatro que não quer acabar. silêncio afogado. casa.
o aqui é um lugar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Cadernos - II

é no meio do campo
campo deserto
dormes e sonhas nas tuas rotinas diárias
também comes
comes dormes e sonhas
gozas momentos
vives
mas nessa vida dormes e sonhas
há sonhos que não são pesadelos
são imagens
cais num buraco fundo de massa mole
o corpo vai-se abaixo com a consistência pastosa do que invades
não se pode dizer que seja uma sensação de afogamento
aqui por muito esforço que se faça não se consegue vir acima
sonhos que te fazem não querer dormir
amanhã é dia
agora é noite

terça-feira, 23 de setembro de 2008


não posso ir, mas espero que seja o melhor de sempre!!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Kazuo Ohno

se algum dia me pedissem que escolhesse uma música que fosse o teatro para mim, escolheria esta:



nunca o consegui explicar. sempre que estou a fazer alguma coisa, é esta música que me vem à cabeça. já uma vez me chamaram tonto por causa dela... é possível. estávamos na altura a fazer a primeira versão do Maldoror, que não foi feita, fez-se uma segunda versão uns anos depois... um espectáculo que se revelou enfeitiçado por diversas forças malignas, entre as quais, certamente, a minha falta de experiência... experiência que, muito possivelmente, nunca será suficiente para equilibrar a dose que preciso para fazer alguma coisa que me agrade. porque o teatro é-me auto-desagradável. é-me cansativo. é-me desgastante. mas porque não conseguirei eu deixar de pensar nele a toda a hora? como se fosse um peso qualquer que eu tivesse de carregar sobre as costas, que me dissesse que eu tinha de lutar, que eu tinha de me enfrentar, que eu tinha de renunciar a alguma coisa que eu nem sei bem o que é. quando se acaba um curso têm-se uma visão romântica do mundo, quando se trabalha ganha-se a visão perversa desse mesmo mundo. acabam-se os mitos com uma facilidade incrível. por exemplo, agora, sinto-me como se estivesse a estudar outra vez. as condições são praticamente as mesmas, é uma espécie de recomeçar, ou passar por quase o mesmo mas de outra maneira. tenho mesmo de voltar à carga. mesmo que seja pela última vez, que perceba que talvez seja melhor repensar, se conseguir repensar, porque estas coisas do pensamento são difíceis para quem só tem um quarto de cérebro e mesmo esse quarto de cérebro tem as suas características próprias... agora ando a meter-me noutra alhada, quero juntar um grupo de pessoas e fazer o Subterrâneo aqui, já sei que pode soar a repetitivo, mas nestas alturas uma pessoa vira-se para o que tem. uma coisa prefiro: poder ter um actor para encenar, é mais fácil de levar ao fundo do que uma coisa auto-encenada, uma coisa auto-encenada não é bem um espectáculo construído, é mais uma preparação de um momento. objectivo principal desta fase: arranjar maneira de fazer este espectáculo aqui. objectivo imediato: encontrar um actor. desculpem, objectivo imediato: encontrar um bom actor.

sábado, 20 de setembro de 2008

um texto sem palavrões pode ser muito giro... mas não se pode dizer que sirva de limpeza ao dentro. ando a perceber que já não sei escrever sem palavrões. há as coisas institucionais, claro, mas isso não conta. estou a falar dos textos individuais. textos meus. textos exorcistas. por exemplo: ando enervado, seria normal escrever um palavrão ou outro, seria normal chegar aqui e exorcizar o que me desse na gana da maneira que me apetecesse, mas não, chego aqui e falo da ausência dessa concretização, não escrevo palavrões!!! o que me apetece escrever não importa. importa é que não o posso escrever como tiver vontade. o tempo passa. é normal. as pessoas enfiam-se nas coisas. é normal. há coisas e há coisas. é assim. vai-se para a rua ver os restos porque se esteve a viver um resto também. pensam-se palavrões durante o resto. apanha-se seca. quer-se respirar um bocadinho. quer-se fazer amor. é normal. tudo isto é normal. tudo isto é tão demasiado normal que enerva. mas por que raio é que eu não posso estar com quem quero? mas por que raio de raio é que as coisas se têm de desenrolar assim??? pesadas, cheias de engonhanço, com esquemas e mentirinhas e enfim... cenas!!! não escrevo palavrões, é certo, mas penso-os. digo-os!!! digo-os tantas vezes quando falo sozinho que já me custa não os dizer quando estou a falar com pessoas!!! juro!!! até em família!!! é verdade. ó pá puseram-me no mundo e não me impediram de aprender certas palavras... podiam era ter-me ensinado coisas mais simples: como ser uma pessoa perfeita, como não ter escolhido teatro, como ter-me tornado um gajo possível para uma relação a dois, como não ter de fugir de problemas parvos criados por mim... tantas coisas que me podiam ter ensinado que, enfim... agora espero que não seja tarde para as resolver dentro de mim e na vida com o mundo. mas eu estou a falar mas isto não é nenhum problema, eu não quero ser um problema, isto é tempo. tempo. é só tempo. mas a vida não se resolve a parar. a velhaca da vida não se resolve a parar, tanto jeito que dava se ela parasse e se se pudesse respirar para pensar bem nas coisas. ainda hoje me lembro de quando desci as escadas da escola secundária no primeiro dia de aulas e pensei: "estou a descer isto para passar tempo, o que eu quero é estudar teatro!", passei esse ano a ver coisas e a fazer coisas, acabou o ao lectivo e fiz as provas para a escola de teatro, a minha escolinha mais linda, entrei, tirei o curso, tenho um curso de teatro, é o que eu sei fazer, é o que eu quero fazer, fiz uns bons espectáculos, fiz umas banhadas de uns espectáculos, é normal. eu e o teatro andamos agora chateados um com o outro. é normal, as relações gastam-se, mas há marcas que deixam cravadas no corpo. quero ser pai, preciso de ser pai, é uma coisa que sinto necessidade, mas onde raio é que tenho condições na vida para ser pai? para ter uma mãe? isto é uma cosa que me bate na cabeça muitas vezes. com tudo o que já fiz o que é que tenho? resposta: nada. nada não, tenho o amor e tenho o corpo alterado. mas concretamente: nicles, continuo sem ser respeitado profissionalmente na minha área, ninguém me leva a sério, sou uma nulidade autêntica em diversas coisas, falho redondamente em outras, o que terei eu para dar? boa-vontade??? que vá passear a boa-vontade!!! ando pela rua a inventar histórias e a adivinhar a vida das pessoas, ando com sonhos estranhos, fumo demasiado, desligo a cabeça frequentemente. é que passados uns tempos uma pessoa já se pergunta: "então? mas serves ou não?" e a resposta mais óbvia é sempre o não, não sirvo, sei lá se sirvo, já fiz tanta porcaria na vida, não tenho medalhas nenhumas, vou para um restaurante cheio de medo e a pensar no que terei feito mal só para aliviar o que irei ouvir depois porque sei que vou ouvir alguma coisa!!! porque talvez só tenha mesmo essa boa-vontade para dar!!! e é bem possível que a verdade seja bem dura e eu tenha feito mesmo algumas coisas bastante mal. é possível. uma coisa vos digo: ando mesmo mesmo mesmo com vontade de fazer teatro. a minha vida pode correr toda ao contrário mas eu preciso de fazer teatro, preciso do amor, preciso dos amigos. todo o resto é conversa. quero lá eu saber quando é que virá o papão para me chatear os sonhos...

uma música que não me sai da cabeça

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

um homem feito de nada

não vou escrever palavrões, nem vou falar de mim, eu, mesmo insignificantes ou grandiosamente terríveis, sou feito de coisas, coisas que sou eu, aglomerados. há um homem feito de nada. um homem que perde os sonhos, ou que não vive, só pode ser feito de nada. é preciso nadar e sentir a espuma do mar junto da boca. cantar em voz alta e sentir vergonha. soltar o corpo quando nada diz para o fazer. contrariar os músculos. sonhar acordado no meio da rua. sentir amor. sentir desilusões. sentir coisas boas. coisas más. coisas que sejam coisas. é preciso comer bem e passar fome. escrever livros e rasgá-los. dizer palavras, riscar palavras, dizer palavras riscadas com um orgulho enorme por poder dizê-las livremente, comprometido com desgraças próprias, com sucessos brutais. com o mundo todo a dizer tem cuidado, não caias, tem cuidado, não te percas. é preciso perderes-te para encontrares caminhos. há quem os crie, há quem os procure, há quem se desenrole pela rua como se estivesse numa auto-encenação de si para o outro. há tudo. mas há um homem que é feito de nada. uma ilusão. uma viagem segura.

vêem??? eu já não sei escrever sem usar palavrões!!! assim estou um chato... já tenho saudades de escrever as minhas porcarias!!! mas este mês é de purificação!!! preparem-se para uma mudança radical no rumo deste blog!!! daqui a menos de um mês num computador perto de si!!! (vêem, eu nunca escreveria isto se me sentisse solto deste espartilho, desta punição anti-asneirenta, qual malagueta na boca das criancinhas). não me sai nada divertido para me rir. quero os palavrões de volta!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

parabéns Casa Portuguesa!!!

não podia deixar passar esta oportunidade sem fazer aqui a verdadeira homenagem a duas pessoas que conseguem acreditar em sonhos e que conseguem torná-los possíveis, xôr Pedro e xôra dona Leonor!!! um brinde a dois anos de sucesso e a muitos que virão certamente.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

tudo quase perfeito

jurei que não escrevia palavrões e não vou escrever, o que como devem imaginar, depois de um jogo destes bastante me custa.. enfim... hei-de resistir a esta tentação!!! pois é meus caros, lá fui eu à televisão defender as cores que mais tarde me fizeram enervar!!! que jogo miserável dos meus meninos sacaninhas. o programa até correu bem, defendi os meus com garra, aliás, defendi-os até às últimas!!! no fim do programa fui com um dos jornalistas ao jogo!!! estádio brutal!!! lugar habituado a noites europeias, a noites mágicas!! digo-vos mesmo sinceramente: fiquei parvo com o peso do estádio e foi para mim um orgulho poder ter ali estado numa noite destas!!! pena: o meu Sporting!!! um dos jogos mais desinspirados que vi até hoje do Sporting, jogo sem classe, fraco, empastelado, uma seca daquelas!!! ora logo eu que tinha passado nem sei quanto tempo a defender os meus meninos... falharam-me pá!!! uma coisa vos digo aqui sinceramente: ver aqueles mânfios jogar (Messi, Henry, Iniesta...) é realmente uma coisa que se percebe que estamos a falar de outro mundo. o Sporting é bom, tem uma boa equipa... mas tem uma boa equipa que dá para o Campeonato Nacional e talvez dê para a Taça UEFA, talvez dê... agora quando nos metemos com gigantes sagrados... não estamos preparados para a aventura europeia. e digo aventura sem problemas. até estava confiante num bom resultado, não estava era à espera de uma equipa de encolhidos, de jogadores inofensivos... o Djaló... enfim... o Romagnoli que só reparei nele quando foi substituído!!! quando entrou o Veloso o jogo teve outra dinâmica... se repararam bem nós vivemos dos chutos do guarda-redes!!! ora, o Sporting nunca jogou assim!!! nós não temos essa cultura de jogo!!! nós gostamos do futebol pelo chão, corrido, jogadas... enfim... meus caros, fui ver o jogo ao estádio, enervei-me, fui como convidado (ao menos isso), perdemos à antiga!!! que me apareçam na frente meus putos!!! que levam!!! e escrevi este texto sem palavrões!!!

domingo, 14 de setembro de 2008

roubei esta cena do blog Anacruses, espero que não me levem a mal

"Bela notícia para os amantes da obra do escritor George Orwell (pseudónimo de Eric Arthur Blair, 1903 - 1950).
A partir do mês passado os seus diários, escritos no período Agosto 1938 - Outubro 1942, começaram a ser publicados como blogue. Cada registo nos diários a partir de 9 de Agosto 1938 vai aparecer como post no site http://orwelldiaries.wordpress.com/ , "in real time" ou seja: no dia exactamente 70 anos depois de ser escrito.
Até dia 7 de Setembro 1938/2008 os diários são classificados como "domestic", após esta data como "political", categorizados "Morocco", "Pre-war" e "Wartime"."

é realmente uma daquelas coisas que não pode ficar desconhecida. obrigado Rini por esta aqui.

o meu desafio

bem, de acordo com várias famílias defensoras da moral e dos bons costumes, este blog anda com uma linguagem demasiado indecorosa!!! ora para provar que consigo escrever coisas com outro estilo e que levo estas coisas a sério, a partir deste momento e durante um mês não verão nenhum texto com nenhuma palavra mais saída da casca moralista publicado neste blog!!! aqui fica o meu desafio!!!

sábado, 13 de setembro de 2008

caros camaradas e companheiros e afins!!!

bem, uma pessoa espera muita coisa do mundo mas há umas que francamente não se esperam, é o caso deste acontecimento que vai ter lugar na terça-feira horas antes do jogo Barcelona/Sporting!!! então não é que este vosso mânfio vai fazer uma antevisão do jogo e falar sobre o Sporting a um programa televisivo de um canal daqui!? não deixa de ser irónico!!! vou levar o meu cachecol!!! e vou tentar puxá-la tanto como espero que os jogadores a puxem!!! e tenho uma certeza grande que guardo: VAMOS GANHAR!!! vamos ganhar porque não somos um clube qualquer, somos o Sporting, somos diferentes, somos especiais!!! não somos o Real Madrid, um clubeco com dinheiro para investir em vitórias; somos o Sporting, um clube onde se joga com uma alegria e uma vontade que tem como objectivo a dança, a verdadeira dança, o futebol mágico, líquido, fluente. essa é a mensagem que eu tenho para lhes dar. há muitos clubes no mundo, muitos deles bons, e há o Sporting, o meu Sporting, o Sporting de muitos que não se cansam de sonhar com o futebol absoluto, é que não se trata só de vitórias, trata-se de propagar um ritmo, de espalhar a magia pelos campos. senhoras e senhores, terça feira lá vou eu enfiar-me no meio de catalães e falar de futebol, que como muitos sabem é uma coisa que muito me agrada falar. a ver se depois consigo arranjar o video porque este acontecimento não pode passar despercebido neste vosso blog, e temos de nos rir um pouco com este vosso camarada a defender aquilo que é importante para muitos. e uma coisa vos prometo: será certamente a puxá-la toda!!!
os dois últimos filmes:

- The Filth and The Fury, A Sex Pistols Film, de Julien Temple
- Dead Kennedys, In God We Trust, Inc., The Lost Tapes, de Eric S. Goodfield

coincidência, ou não, os dois dedicados a duas das maiores bandas punk de sempre, cada uma no seu continente, cada uma com a sua forma de tocar, com a sua consciência política ou o seu niilismo, com a sua marca numa época específica em que o espaço físico e temporal definem toda uma postura em relação ao mundo. o The Filth and The Fury é um registo documental, o dos Dead Kennedys são apenas filmagens de gravações em estúdio do E.P. (dos mais brutais de sempre, para mim) In God We Trust, Inc.!!! duas coisas a não perder.

PUNK'S NOT DEAD, não, PUNK'S NOT FUCKING DEAD, assim está mais dentro do estilo, porque o palavrão também é um estilo, olha quem o diz, que passa o tempo a escrever palavroagem num blog!!! hahaha
também é giro comparar estas bandas com aquilo a que eles hoje chamam punk, que não passam de projectos criados por produtores/empresas musicais, que fazem um certo tipo de ruído para agradar aos adolescentes do mundo inteiro, gerações MTV, fiéis da nova linguagem abreviada dos telemóveis e que se exibem pelas ruas com t-shirts dos Ramones mas que nunca ouviram mais do que Tokio Hotel. porque o punk é hoje uma moda estilística com raízes outsiders que alimenta toda uma legião da mais inocente e tonta carneirada. então proponho que se metam os teens a ouvir umas belas de umas sessões de punk à antiga até que lhes rebentem os ouvidos e lhes caiam as cristas e lhes rebentem as correntes que usam ao dependuro. isto não é ser Velho do Restelo em relação à música... é a mais pura das verdades.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


primeira antevisão do jogo

não há problema nenhum. desde que na terça-feira o Sporting ganhe o jogo por 1-3. hahahaha a ver se não era bem bom. aproveitar esta fase em que o Barcelona ainda anda a ver de um esquema, que tem de lidar com a mudança... o Sporting só tem de jogar como joga quando joga bem, controlar o jogo, não ter demasiado respeito pelo Barcelona, jogar de igual para igual, entrar, jogar com pinta, marcar, ganhar, já está!!! dream dream dream hehehehe a ver... ó pá, mas nem que seja pelos sportinguistas que há na Catalunha!!!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

eu sou do Sporting, caralho!!!
senhoras e senhores
vem aí mais um IMAGO!!!
www.imagofilmfest.com

este ano com bastante pena minha... porque não vou poder ir... o que enfim... é um cacete daqueles, mas é assim. mas já que não vou ao IMAGO espero ao menos que o Sporting ganhe ao Barcelona e que consiga ir ver os Artist Unknown!!! Artist Unknown!!! olé olé, sala BeCool, dia 26 de Setembro, já me prometeram duas entradas!!! hehehe

domingo, 7 de setembro de 2008

e mesmo toda a gente sabe que A Moagem só vai abrir em 2009, ou será que não vai abrir? a menina dos olhos do PSD, que se revelou numa fraude de todo o tamanho, que ainda nem metade do seu espaço conhece qualquer tipo de utilidade, ali está estacionada junto à linha de comboio, talvez esperando o momento certo para se atirar... A Moagem anda a receber tratamento porque desenvolveu uma crise de identidade e sentia-se demasiado inútil. uma vez por ano recebe o comprimido do Imago que lhe dá algum alento e alguma visão do que poderia ser, mas logo a seguir com a entrada do Inverno o alento se desvanece e ali ficam aquelas paredes sem qualquer tipo de vida, casa de cultura sem gente. é triste. uma cidade de gente sem gente. é triste.

sábado, 6 de setembro de 2008

este texto poderia chamar-se a espuma dos dias mas já há tantos textos com esse nome e já é uma expressão batida do mundo em geral. poderia chamar-se resumo dos dias ou episódios da vida parva. não quis nenhum título, vai com esta introdução que é já um início do próprio texto. textos de coisas. ando em busca de textos de coisas. coisas para textos. textos de mim. tenho andado a experimentar formatos de textos. ritmos de textos. noções de textos. teorias de textos. sei lá que mais. não sei é porque não me sai o texto. O TEXTO. talvez porque tenha perdido o hábito do caderno constante, ou simplesmente não tenha nada para escrever. tenho andado a pensar em histórias e tenho o eterno projecto impossível de escrever teatro. este é mais um texto de desabafo. mais um. estou farto de escrever desabafos e exorcismos. por vezes penso que já não consigo criar coisas. o tempo prolongado tem nisto uma certa culpa. mas o culpado da distância sou eu. eu é que afastei coisas. eu é que fechei portas. eu é que fui sacana. mas também muitas coisas aconteceram que enfim... escolhas e momentos. loucuras diversas. irresponsabilidades. devaneios. mitos quebrados. não me estou a desculpar. detesto desculpar-me. não me custa pedir desculpa. mas detesto desculpar-me. tirar-me a culpa não funciona. mas voltando aos textos... hei-de escrever um livro que seja um livro. se fizesse viagens era mais fácil... coisas para contar. as viagens que faço são pela vida. a vida contada pode ser muito enfadonha. é preciso criar. criar sem perder o lado pessoal. criações pessoais. um dia viro-me para a performance!!! hahahaha

sexta-feira, 5 de setembro de 2008


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

o actor no além

não é o actor do além, é o actor no além. o actor em suspenso, suprimido da respiração, entregue ao peso. é o actor que tenta com as unhas escarafunchar o ar que o agarra, que entra por si a dentro e se apodera do corpo inútil. o corpo do actor no além é inútil. o corpo que carrega a vontade necessária de voar ou de ter sentido. há um sonho estranho que o actor tem, o já não actor, o cada vez menos actor, os textos desapareceram, não há nada a dizer, é preciso inventar frases mas já ninguém as quer ouvir. o actor que não pode gritar-se, que não pode ter a sua rotina louca de falhar, de atingir por momentos a chave da vida, a mera possibilidade, mesmo não existente nunca. o actor no vazio que não tem máscara, que é máquina. que tenta dentro de si procurar algo que não é. actor. actor de quê? nisto a vida tem muito pouco a dizer. o actor não quer nada com a vida. quer mas outra. algures. um espaço gigante. um lugar de brilho de intensidade louca. o actor já pouco actor que quer voltar a tentar mas que cada vez está mais longe. distante de si. corpo revoltado. máquina assumida.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cadernos - I

há os que reconhecem os da queda como sendo seus. possuem as mesmas ilusões, um mesmo estilo subliminar, um ritmo, uma fachada colada na pele pelo lado de dentro. eu sou assim. tenho os meus mitos de cristal. respeito as aventuras construídas com o limite do desejo, porque tudo se trata de um desejo, uma busca constante de uma respiração melhor ou simplesmente mais profunda. não se trata de viver um sonho, trata-se de dominar o sonho, de ultrapassar a casa vermelha, de torná-la transparente de tão real. há os da intensidade e há os da luz. os da morte e os da treva. os da vida e os do amor. e depois há os outros, casas de chuva, imagens dispersas da vida natural, com um fogo latente que se recusa a abrandar. há os do silêncio e há os do ruído surdo, ensurdecedor, mudo. há os da cinza.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

é uma ferrugem nos olhos
foi onde tudo começou
depois espalhou-se por ti
dentro e fora
construção de filmes estranhos
nomes e situações
acasos acrobáticos da vida
andas na rua em busca de túneis
só há clareiras
o ar não corre
é uma cilada
não há olhos
chamas-te coisas que não importam
ou importam mas o que é isso agora
nada de futuros
andas só a escrever poemas
a dose incerta das coisas
nadas e tudos
dizes que andas em guerra
não há qualquer guerra
não és um soldado
só tens algumas ânsias
fardas de brincar
gritas o nada
gritas-te
andas corres saltas
tudo para tentar voar
mas há sempre uma altura em que o corpo acaba por cair no chão
são as regras do mundo
as regras do jogo
jogas
entras nas coisas que não te pedem para entrares
outras que pedem mas que se escapam
descobres a velocidade
alucinações
espaço imaginário sem limites para a vida inventada
a vida por viver
sonhas com o ar a bater-te na cara
com toda a força
o teu rosto esmaga-se contra a estrutura óssea
matas insectos
insectos entram em ti
com a tua ferrugem
o tempo que passa
que não volta
que não se decide
escreves a palavra MERDA
dizes essa palavra constantemente durante o dia
acordas bem disposto como se não se passasse nada
e o passado se auto apagasse