quinta-feira, 31 de julho de 2008

como muitos saberão, no ano passado aconteceu-me fazer uma espécie de livro, que era um livro, mas que não era um livro, era uma superfície, era um fracasso. fracasso ou não, o livro, um objecto, foi feito, lançado, apresentado, criticado, lido, deitado fora, arrumado em estantes, perdido em taxis, usado para filtros... sei lá... este fim de semana, estava eu numa cozinha, com uns tipos que não conhecia de lado nenhum, a falar sobre coisas, houve um que me falou no facto de eu poder usar a internet como meio de suporte desse tal livro, que já estará esquecido, que poderá já nem existir. pois bem, foi o que eu fiz, usei o melhor suporte que conheço, o formato blog, passei esse tal livro para lá. quer dizer que a partir de hoje o meu livro de superfície, o meu livro da epiderme, está disponível na internet, num formato um pouco caseiro, pouco profissional, de mero registo das coisas. fica aqui apenas a publicidade a esse blog morto: www.olivrodaepiderme.blogspot.com
são os dias da canícula
que te humedecem as mãos

terça-feira, 29 de julho de 2008

peço desculpa por não ter arranjado outra forma de aqui escarrapachar esta... mas é que gosto mesmo disto!!!

Jake e Dinus Chapman, escultura mais ou menos com o meu tema dos últimos posts

uma imagem que não se vai voltar a ver

aqueles são os tais ditos cujos óculos que se revoltaram e saltaram da minha cara em direcção ao chão, sempre tiveram a mania que eram importantes porque me faziam ver melhor, tivemos discussões tremendas porque eu achava que o mundo que eles me mostravam não podia ser assim, eles diziam que eu era burro e que sem eles tudo era desfocado, que eu próprio era desfocado ou desregulado (já nem me lembro bem). foi a decisão deles, está bem que bater com a cabeça na corda que segura a persiana pode ser considerado uma ligeira ajuda... mas eles podiam ter-se recusado a saltar, sacanas, aproveitaram a primeira oportunidade que tiveram e nem se fizeram rogados, raios partam os óculos modernos que já querem mandar nos olhos e nas pessoas. a partir de agora volto ao retro!!! oculinhos de aramelhos e ferrinhos e ferrolhito nunca mais, nesta focinheira só óculos à antiga!!! basta de cenas, ando muito bem de finanças para agora ainda ter estas despesas de funerais e suicídios... antes os tivesse pisado descaradamente!!! antes tivesse sido um homicídio qualificado!!! antes nunca os tivesse usado!!! agora parece que ando aqui sem saber o que fazer!!! nu!!! à procura não se sabe do quê!!! a ver desfocado!!! feito papalvo!!! estas coisas enervam-me, desculpem mas enervam-me, é assim, tudo a enervar-me, e depois quem as paga é quem não tem nada com isso.


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não vou poder ir mas aqui fica a publicidade. e já sabem que aqui ao lado têm o link para o blog do xôr Nuno onde podem ver mais fotografias. força nisso!!!
agora sem óculos parece que ando nu, isto é que está aqui uma vida... enfim... e ainda por cima como se partiram!!! uma autêntica forma de suicídio ocular, atiraram-se da varanda!!! deviam estar fartos de andar na minha trombita e zumbas toca a atirar da varanda, sacanas dos óculos, também nunca gostei deles... verdade seja dita!!! hei-de voltar à massa que estes óculos intelectuais são um problema, quando se fartam de quem os carrega, estão-se nas tintas, atiram-se e já está.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

é pá fogo!!! parti os óculos!!! merda!!! estúpido!!! burro!!! parvo!!! reles!!!

quero escrever livros
quero fazer teatro
quero acordar ao lado da minha mulher
quero fazer amor
quero fazer um filho
quero ser feliz

acabadinho de sair da prisão

jonathan meese

pois então, e não é com alegria que digo isto e que fique desde já esclarecido, o mega festival TeatroAgosto levou um mega corte orçamental que o obriga a repensar toda a programação e etc... etc... os senhores da Este, desculpem, os senhores da TeatroAgosto reclamaram e acho que fizeram muito bem, qualquer um faria o mesmo, é ridículo que os senhores da Cultura Nacional continuem a olhar para o interior da maneira como olham, mas para safado safado e meio. também é ridículo que o interior seja dominado por uma tanga da qual sinto um pavor quase visceral que se vai repetindo insistentemente em tudo o que acontece (mais uma vez o problema de termos um programador que não tem estrutura para criar uma linguagem ampla mas definida, por muitos milagres que aconteçam a nível de dinheiros que não há), onde é que eu ia? ah, no facto de neste momento termos um festival de teatro no Fundão que na verdade não é um festival de teatro, é um festival de uma linguagem específica de teatro, é um festival da estética do senhor Nuno Pino Custódio, até, só para nos divertirmos um bocadinho, há a piada da contagem da quantidade de espectáculos que são ali encenados pelo senhor Nuno Pino Custódio desde o início do festival!!! se contarmos talvez cheguemos a conclusões não interessantes mas bastante engraçadas. o Fundão não tem teatro. em relação a isto nem discuto nem faço cedências no que acredito. o Fundão não tem teatro porque não tem espaço e porque não tem programador de teatro. nos últimos anos o Fundão tem vindo a desenvolver uma técnica de teatro, a famosa técnica da máscara, impulsionada pelo senhor Nuno Pino Custódio (honra lhe seja feita). mas agora chega o Verão, chega o querido mês de Agosto, temos um festival de teatro, mas na verdade não é um festival de teatro, é um festival de uma linguagem bastante específica de teatro, um festival de uma técnica. zumbas já os canhões e as pistolas apontadas ao gajo que está a dizer isto porque só sabe é dizer mal e não é fundamentado e o caneco!!! a verdade é que o programador ofereceu a pasta a estes senhores porque era uma coisa que não havia e porque o Teleguine é um rato político capaz das maiores atrocidades e dos maiores jogos de bastidores apenas para não ter de trabalhar. caros amigos, temos um festival que é um teatro!!! a própria forma como as coisas se juntam para se pedirem subsídios, para poderem ser atribuídos dois pontuais em vez de um só é uma jogada, acho eu, brilhante. um festival que é feito com os membros da Gardunha Viva é realmente uma daquelas coisas em que qualquer vesgo acredita mas quando chegamos ao ponto de perguntar: os membros da Gardunha Viva também são programadores do festival? mas isso não importa, de qualquer maneira acho que fizeram mal em baixar o subsídio, assim o Fundão poderia ver muitos mais espectáculos encenados pelo senhor Nuno Pino Custódio e enriqueceria em muito a sua cultura teatral, embora sempre orientada para uma técnica específica... enfim, ainda bem que já não vale a pena uma pessoa enervar-se. Portugal está como está. o Fundão está como está. o desapontamento é geral, depois há é uns focos de felicidade orientados para técnicas específicas e para performances e para cenas fora. uma lição para os senhores: uma manifestação artística é sempre um acto político. as vossas manifestações artísticas também são actos políticos mas de propaganda, como pode um rato do poder como o Teleguine ter sequer consciência do mundo que o rodeia quando come os restos que encontra debaixo das secretárias camarárias? outra pergunta com dados concretos: houve dois actores em Portugal que fizeram dois monólogos, a Maria João Luís e o João Lagarto, são dois actores que acho que já nem precisamos de questionar a sua qualidade, fizeram dois espectáculos de referência e são bastante conhecidos pelo chamado grande público; temos a Moagem onde nada cabe, temos dois monólogos que cabem na Moagem; temos cultura que é possível que se pague ou que tenha uma margem pequena de prejuízo; porque é que esses dois espectáculos nunca estiveram no Fundão? porque o programador não acha que eles têm qualidade? porque o programador não acha que eles se inserem na sua linha? mas que linha? quantos mais espectáculos da treta têm as pessoas de não comer para que esse senhor perceba que o processo que defende não é necessariamente o melhor? e depois vêm estes com o festival de teatro... festival de teatro... uns fins de semana com uns espectáculos e é um festival de teatro!!! e queixam-se dos cortes (mais uma vez acho que fazem bem em reclamar), queixam-se das desculpas, estão tão habituados a serem reis e senhores no Fundão que já nem estão preparados para as negas. mas uma coisa que fique clara também: o senhor Nuno Pino Custódio é um bom encenador e o senhor Rui Silva é um bom actor, nada disto está em causa, o que está em causa é uma fraude generalizada, um pacto político, porque toda a gente sabe e é verdade que a Este e a Quarta Parede são os dois motores programáticos do Fundão, e não estou a questionar o seu valor artístico, estou a questionar é a necessidade que temos de um programador que só programa o que lhe oferecem numa bandeja, já com os passos todos dados, estou a questionar a tanga envolvente e a necessidade de propaganda que este executivo tem de criar acontecimentos que espremidos não têm nada ou o que têm é muito pouco. já me estou a alargar no texto. fica aqui a opinião. quem não concordar ou assim que diga que tem todo o direito de o dizer. os comentários estão aí e eu publico todos os que não forem ofensivos.

versão parva de acontecimento real, texto realmente mal escrito e foleiro como o caneco

chamava-se Aya. ele, o pancrácio, chamava-se Augusto. estavam os dois sorrateiramente bebidos, num lugar de copofonia e alarido, cada um com o seu grupo de gente. ela vê-o, levanta-se, dirige-se a ele de uma maneira decidida, toca-lhe, ele olha, ela insiste no toque, ele lá toca qualquer coisa, está cheio de medo. ela não vacila, tenta um beijo, ele lá a beija enquanto olha para os amigos. ela está pronta, demasiado pronta, estupidamente pronta. está a dizer-lhe tudo. o mastrôncio senta-se e começa a contar anedotas aos amigos e ela ali fica, pronta, em pé, sem saber o que fazer, já o seu grupo de gente se tinha ido embora. ó Augusto que fostes mai biurro!!! depois disto tudo Aya lá se junta a um grupo de gente e põe-se a despejar canecas de cerveja pela goela como se não houvesse amanhã, esperemos que não te cruzes com outro Augusto destes na vida, ou lá no teu país. ou se sim, dá-lhe um chuto na tomatagem que estas coisas não se fazem a ninguém! ah e espero que tenhas despejado tantas canecas que te tenhas esquecido da noite e não leves esta recordação das tuas férias, se é que vieste de férias, podes ter vindo em alguma viagem de negócios, é possível, hoje em dia as coisas... ah e talvez ele fosse o dono da outra empresa e não quisesse misturar negócios com prazer... também é possível... possibilidades à parte, a verdade é que não choveu nada. deixa lá. há noites assim.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Dostoiévski, a continuação do filme

o gajo em acção, se houvesse uma certa continuidade a nível estético o título podia ser este, era suficientemente pimba para eu gostar e enquadrava-se mais ou menos na evolução que este espectáculo está a assumir (por incrível que pareça há alturas que toca na performance!!!). enfim... o título da segunda parte do livro é Por motivo da neve húmida, porque é uma história que lhe surge e etc... etc... na adaptação proposta por enquanto, não há aparecimento da história, há a própria história, logo o título que aproxima do lado literário não fará qualquer sentido, para mim. continuo a ter pontos de contacto que nunca mais acabam, a porcaria da sua relação com o dinheiro e com as possibilidades que não se têm, com aquele lado rasteirinho em relação a alguns casos da vida que não se resolvem, que se intensificam, que se tornam verdadeiros problemas forçados, enfim, já que ando na onda dos espectáculos pessoais apenas tenho de meter o dedo na minha própria ferida, rastejar na minha treta. uma coisa vos garanto, é um orgulho do caneco ter pegado neste texto e ter-me apaixonado por ele. este texto apareceu-me numa altura das mais problemáticas da vida e foi como se tivesse sido uma espécie de luz, o que parece estranho tendo em conta o texto que é, foi um ritmo que foi descoberto, na altura andava de volta do Maldoror que ainda hoje é a referência literária da minha vida, mas este sacana deste Dostoiévski entrou-me de uma maneira... foi uma espécie de identificação com o registo, um ritmo, uma forma de riso bastante próprio, um remoer, um atazanar da cabeça com as coisas do mundo, o dedo na ferida. o livro é incrível. já me perdi de onde ia... bem, estava na adaptação possível e na suas possibilidades. vou aqui mudar de parágrafo.
preciso de actores a sério para fazer isto, este tipo de texto não dá grandes possibilidades de remedeio, têm de ter um bom domínio do que é dizer um texto, do que é dizer um texto com o compromisso de o dizer. personagens lixadas: ele e a prostituta. são as personagens mais centrais do texto. ela tem um problema que é formidável para qualquer actriz, está quase sempre em silêncio, só fala de uma maneira quase recortada, mas sempre com a frase certa, e a maneira brutal como ela leva com os discursos dele e como lhes reage... é brutal. ele, já se sabe, malhas de discurso, rasteirice, provocação, enfim... são dois personagens formidáveis que precisam de dois actores formidáveis!!! e depois há a questão: como se pode um encenador pôr em causa a não ser com actores? sem actores dá para criar efeitos cénicos, mas criar interpretações? na cabeça mais um espectáculo impossível!!! basta de meios termos. teatro absoluto. neste espectáculo até dá para usar móveis, tenho de pensar nisso, seria a primeira incursão pela cenografia!!! hehehe
bem, tudo isto são desabafos de ideias...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

o regresso desejado do encenador ranhoso

depois de feita a primeira parte dos Cadernos do Subterrâneo do Dostoiévski e de encarar o espectáculo "do subterrâneo" como uma coisa mais ou menos enterrada na vida e afastada dos palcos (até ver porque não se fazem previsões de nada), deu-se o caso de começar a pensar na segunda parte de uma forma radicalmente diferente da que pensava, primeiro pensava na segunda parte como um monólogo, que seria como uma continuação da primeira e assentaria a sua base cénica no actor e na sua inseparável cadeira, embora com bastantes mais acontecimentos que o maranhal teórico da primeira parte. meus amigos e seguidores e leitores, fica aqui dito desde já: a segunda parte será com actores e só entrarei como encenador ranhoso, é a única maneira de poder aprofundar mais um bocado o texto, a auto-encenação é uma armadilha. para quando será? ninguém o sabe, será para quando for possível, porque será um espectáculo que ainda vai necessitar de uma certa logística a nível humano, a nível de cenários já toda a gente sabe que não, nunca, não sei trabalhar com cenários e gosto da linguagem da luz. e depois voltei a sentir a necessidade do regresso do encenador ranhoso que não percebe nada de teatro mas que assume isso como factor de desenvolvimento do espectáculo. uma coisa vos digo e prometo, desta vez têm de ser actores bons, porque se o encenador ranhoso falha lá estarão os actores para segurar o ritmo, hehehe!!!
porquê esta reviravolta no objectivo? porque o texto tem problemas a nível de interpretação que só podem ser explorados com mais do que um actor, ou seja, sendo um monólogo os problemas teriam de ser explicados, não o sendo, os problemas podem ser realizados, podem acontecer. um monólogo deste tipo teria de usar uma coisa que a mim não me agrada particularmente, a distanciação, o salto entre o fazer e o narrar.
portanto, aqui fica o pedido: se alguém ganhar o euromilhões, se alguém quiser assumir uma produção particularmente duvidosa, se alguém quiser patrocinar uma aventura do umbigo para o mundo, se alguém se sentir identificado e tiver uma conta bancária de fazer corar de inveja muito novo rico, se algum político coiso, se alguém achar que isto pode ser uma manifestação artística interessante, etc... etc... é pá que comunique!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

regresso

para os que estão preocupados e para os que não estão preocupados:
o blog voltou e com o regresso do blog, o regresso do seu autor!!! ou é ao contrário? bem, não importa, o que importa é que isto está vivo, não quer necessariamente dizer que se recomende, o costume...

terça-feira, 8 de julho de 2008

era um automóvel daqueles muito rápidos. eu não percebo nada de carros mas consegui perceber que aquele era dos rápidos. entrei. a porta fechou-se já comigo lá dentro. estava trancada a porta. o carro seguiu o caminho que devia estar já previsto. noite. andar pela cidade e só vislumbrar as luzes que se passam pelo olhar já gasto ou demasiado cansado. eram demasiadas luzes. o som demasiado alto não deixava perceber o que diziam as vozes. electrónico distorcido. não era música. era um som de fundo que ensurdecia e que obrigava quem queria ser ouvido a gritar. calem-se seus sacanas. tirem a merda da música. abranda a porcaria do carro. detesto velocidades. era o mesmo que estar calado. chega-se à praia e para-se o carro. um sai e vomita. os outros riem e mandam umas piadas. ele limpa-se e começa a rir também. ninguém me vê. afasto-me. começo a ir em direcção à água. descalço pela areia. ando não sei que distância. não me apercebo. sento-me na areia. uma mão nos ombros. quem és tu? não importa. posso sentar-me? claro. mas fala pouco ou nada ou só o indispensável por favor estou cansado de muito som. está bem. sento-me só. farto-me de estar ali. digo. vou andar. vens? sim posso ir. vamos então. o sol começa a aparecer. detesto o nascer do dia depois da noite. consigo ver-me. consigo ver quem me acompanha. temos o rosto alterado. canibais. quero ir para casa. está tão longe. é daquelas alturas em que seria bom já estar lá já que há a impossibilidade de voar. foda-se. fecho os olhos e ando assim para não sentir as pernas. tento enganar-me. tenho sede e sono. estou confuso. sou quem afinal? não interessa. responderei noutro dia às minhas questões falsas de última hora. calo-me. oiço os pés na areia. enervo-me. a minha companhia lá está ao meu lado. um silêncio. olha lá eu não sei para onde vais mas podias deixar-me em paz e sossego penso eu na minha cabeça. quero água. o carro dos outros agora dava jeito ali. mas era tão rápido e devia cheirar a vómitos e a merda do som enervava-me demasiado. que se foda. lá ando eu de olhos fechados para enganar as pernas e a cabeça. chega-se a terra firme. já o mundo anda no seu ritmo de dia. um passeio longuíssimo. raiva. fumo um cigarro e atiro com a beata para o chão. caguei. preciso de um café e de uma água. entro num lugar. bom dia. boa noite. quero café e água. a minha companhia come um bolo seco e bebe um copo de leite. se fizesse o mesmo rebentava-me todo em três tempos. quero ir para casa. queres-te sentar? não. quero ir para a cama. queres? quero. dormir. dormir como se não tivesse de acordar. o rádio do lugar com a energia falsa da manhã. com a boa disposição forçada de quem inventa a vida. espera lá. inventamos todos. é melhor não pensar. sento-me num muro com vista para a água. volto para a areia. deito-me. durmo uma hora. é cedo. o sol só começa agora a apertar. não há perigo. acordo. estou sozinho. falta-me tudo. merda. não volto a entrar em carros rápidos com o som assim. os fantasmas assumem muitas formas. merda.

domingo, 6 de julho de 2008

este ano vai haver outra vez mito: Festival da Cale!!! de onde será a sopa desta vez? de resto já sabemos a história toda: baldadas de performance, uns workshops, baldadas de performance, umas instalações mal amanhadas num recanto qualquer, mais umas performances, mais umas performances!!! e assim se divertem as gentes com a pseudo intelectualidade vestida de pseudo modernidade!!! pão e circo!!! pão e circo para calar a boquinha e encher o olhinho!!! parabéns ao senhor Miguel Rainha por tão bela estratégia, parabéns à Quarta Parede por se ter tornado no primeiro parceiro oficial!!! aproveitem agora, aproveitem agora, que o poleiro da treta está para acabar!!! a sopa este ano será certamente o requentamento da vossa panelinha do descaramento. hahaha que seja um bom festival, que se divirtam, continuem lá com as vossas coisinhas, a tapar o Sol com a peneira. ciclistas. a fazerem das pessoas pacóvias. e depois há-de haver o mega festival TeatrAgosto!!! hahahaha cambada de chupistas. parôlos. hahaha ainda bem que me divirto com estas cenas mas acima de tudo ainda bem que estou longe!!! cenhangas como as vossas há aqui aos pontapés... não vou ver nenhuma. nem aqui nem aí. nem em lado nenhum. pascoenços. nem do Fundão são... hahaha

sexta-feira, 4 de julho de 2008

bem, já estou melhor!!! já estou bem melhor!!! hehehe agora é só voltar a puxá-la, devagarinho no início... para ir recuperando o ritmo... que isto ainda foram uns dias de chocheira, com hospital pelo meio e tudo!!! uma seca daquelas. para o que me havia de dar... mas já está. já está. já tenho coloração, é importante ter coloração. para seguir a vida!!! caneco!!! já estou melhor!!! alvíssaras!!! alvíssaras!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

ainda assim meio coiso mas enfim...

já mais bem disposto e com o sub-ritmo em cima. praia. kebab's nem na China. isto das multi-nacionais da treta, em que te tens de esquecer de ti não me serve, uma treta. treta. treta. ansioso com cenas. sentar-me com o Picasso, jantar com o Picasso, fazer festas no Picasso. hum... que dias que virão...