sábado, 14 de fevereiro de 2009
dia dos namorados. sim senhora. dia dos namorados. flores. bombons. corações. jantares românticos. sexo louco. sei lá que mais. insuportável. nestes dias se tivesse uma arma desatava a disparar contra as pombas que as velhinhas e os netinhos alimentam. maldita alegria. armas. armas contra a solidão. e a merda do telefone que não toca. que disfarce do caralho. é encher-me de álcool e andar aí pelas ruas a vomitar entranhas até já não ter orgãos. corpo ideal. nem necessidades, nem consciência, nem sentidos. ao menos é-se nulo porque não se pode ser de outra forma. dia dos namorados. insuportável. o telefone silencioso. vou mas é trabalhar e deixar-me de fitas. só querem é desenvolvimentos na fachada. cambada. devia haver também o dia das pessoas que sentem a falta. bem, na prática é este. e depois, isso do amor... está bem que o amor não sejam só alegrias, mas também... estas palpitações, as ânsias, o telemóvel, a internet, caralho caralho, uns gritos. e estou quase a fazer anos, vou ter de me destruir. é a fase da destruição física. quero lá eu saber do futuro. que futuro? o telemóvel silencioso. coçam-te os olhos com as unhas compridas. é até rebentar. vou mas é trabalhar. é o melhor. só ando a escrever treta. mas há pessoas que conseguem usar a metáfora. ó sorte macaca. corpo sem orgãos. o Deleuze que me perdoe este utilizar pessoal do conceito. mas isso é que era. não quero ser nenhuma máquina desejante. agora vou para a rua e aposto que é só gente com ramos de flores na mão. vai ser um cheiro insuportável no Metro. e ao fim da noite, quando estiver a voltar a casa... só namoradinhos pela rua e um gajo ali, no meio deles, que só dá é logo vontade é de sair sozinho e apanhar uma bebedeira . porque é que não me dão logo um tiro. que tudo me enfastia.
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Pedro Fiuza
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4 comentários:
Olha, Pedro, eu tinha que adiantar o Valentim para sexta feira dia 13 (o que não deixa de ter piada), pois hoje fui tocar música francesa de acordeão para os namorados ricos num restaurante chique em Sintra. Uma namorada com um bouquet de rosas tão grande que mal vi a cara dela. Um casalinho de pombinhos mandou o empregado na caixa verificar quando já tinham gasto. Numa noite assim entram lá milhares de euros, mas eu tenho de suplicar para conseguir 15 contos de cachet, pois "isto agora está tão mal".
Ontem sexta dia 13 então, fui jantar com a minha amiga num restaurante barato na Calçada Santana (Lisboa). "A Tigelinha" tem na montra uma distinção duma guia turística francesa, mas isso já foi há muitos anos. A sopa de legumes tinha farinha, os lombinhos de porco vieram do frigorífico, a salada sem tempero veio com óleo e os sabores todos foram misturados com o fumo que saiu da cozinha, pois a ventilação não funcionou.
Depois fomos a FNAC comprar a prenda, DVDs do Cirque du Soleil (leve 3, pague 2). É o amor possível em tempos de crise...
...dum guia turístico francês...
Sai... trabalha... gasta dinheiro... bebe(mas sem vomitar entranhas :p)...fala...ri-te...gasta tempo para não pensar. Pensar na vida faz mal... rouba-te tempo e vontade para felicidade.
Grande abraço
...QUANTO já tinham gasto...
(e viva a Ponte Marechal Carmona!)
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