quarta-feira, 22 de julho de 2009

de directa e com olhos meio fechados para um país que já não se reconhece. Lisboa. uma Lisboa em que a luz de outros tempos é agora outra. a outra que é ainda a mesma. fumar cigarros no aeroporto. entrar no taxi e desabafar: quero beber uma Sagres, comer um pastel de bacalhau, comprar A Bola, fumar um Português amarelo!!! ai ai ai, o taxista dá-te a triste notícia que o teu tabaco de sempre já não existe, fónix, nem me digam isso... depois de procurar em alguns lugares... existe sim senhora!!! nem tudo está perdido. depois dão-se abraços que, por muito que se diga que não, ainda são os mesmos de antes, é incompreensível. anda-se à deriva numa cidade. a língua que se ouve na envolvência dos lugares é a tua mas soa-te demasiado estranha. depois vais para a tua terra que já não é tua. nada te prende aí. o amor longe. a mãe fora. ai ai ai. lá estão os amigos, cada vez menos, as minis, os jogos de futebol... enfim... enfim... enfim... o tempo que passa demasiado lento, a insolência interna do vazio. ainda não me digeri.

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