quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

andava no meio de capas de chuva
terrenos baldios do interior da cabeça
linhas ténues fragmentos disparos
corpo ruptura muscular e líquido
transformado em anjo negro
anti-matéria sanguessuga
o ar lá fora que circulava na imensidão alheia
que merda de palavras que saem
a tua boca está vermelha
soube a sangue
disseste que morrerias na chuva
o ar de abandono com que se seguiu a estrada
3h30m noite
talvez menos ou talvez mais
a festa insiste nas suas batidas
dizem-se coisas
o ano termina na sua normalidade
caprinamente natural

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