quarta-feira, 11 de novembro de 2009

- aproximas-te do fim a uma velocidade de vertigem. é o chão quem te chama. espécie de queda ou doença. espécie de coisa de dimensão interna, estranha e invisível. corpo de ossos. desorganizado. máquina de zeros.
- sou um parasita do tempo. é isso.
- provavelmente nulo. sabendo o que és e o que fazes tens tudo para a resolução.
- resolução, revolução, neblina no olhar, boca em chamas. o que sei sei. o que sei é um pensamento enfermo, atirado para um covil de imagens selvagens, pesadelos. o fumo compulsivo de noites silenciosas. esboço de corpo.
- perdes o tempo com ideias. máscaras.
- é onde me ganho. tornei-me no rei do meu pensamento. talvez tenha definhado por fora. já não reconheço quem sou, o que sou.
- a verdade é que não és nada.
- a verdade... a verdade começa sempre com a expressão: era uma vez...
- é uma verdade histórica. um registo.
- o que são as coisas senão verdades mal contadas? ilusões tornadas factos? feridas tornadas bandeiras? vida tornada morte?

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