terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cadernos - I

há os que reconhecem os da queda como sendo seus. possuem as mesmas ilusões, um mesmo estilo subliminar, um ritmo, uma fachada colada na pele pelo lado de dentro. eu sou assim. tenho os meus mitos de cristal. respeito as aventuras construídas com o limite do desejo, porque tudo se trata de um desejo, uma busca constante de uma respiração melhor ou simplesmente mais profunda. não se trata de viver um sonho, trata-se de dominar o sonho, de ultrapassar a casa vermelha, de torná-la transparente de tão real. há os da intensidade e há os da luz. os da morte e os da treva. os da vida e os do amor. e depois há os outros, casas de chuva, imagens dispersas da vida natural, com um fogo latente que se recusa a abrandar. há os do silêncio e há os do ruído surdo, ensurdecedor, mudo. há os da cinza.

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