sábado, 6 de setembro de 2008

este texto poderia chamar-se a espuma dos dias mas já há tantos textos com esse nome e já é uma expressão batida do mundo em geral. poderia chamar-se resumo dos dias ou episódios da vida parva. não quis nenhum título, vai com esta introdução que é já um início do próprio texto. textos de coisas. ando em busca de textos de coisas. coisas para textos. textos de mim. tenho andado a experimentar formatos de textos. ritmos de textos. noções de textos. teorias de textos. sei lá que mais. não sei é porque não me sai o texto. O TEXTO. talvez porque tenha perdido o hábito do caderno constante, ou simplesmente não tenha nada para escrever. tenho andado a pensar em histórias e tenho o eterno projecto impossível de escrever teatro. este é mais um texto de desabafo. mais um. estou farto de escrever desabafos e exorcismos. por vezes penso que já não consigo criar coisas. o tempo prolongado tem nisto uma certa culpa. mas o culpado da distância sou eu. eu é que afastei coisas. eu é que fechei portas. eu é que fui sacana. mas também muitas coisas aconteceram que enfim... escolhas e momentos. loucuras diversas. irresponsabilidades. devaneios. mitos quebrados. não me estou a desculpar. detesto desculpar-me. não me custa pedir desculpa. mas detesto desculpar-me. tirar-me a culpa não funciona. mas voltando aos textos... hei-de escrever um livro que seja um livro. se fizesse viagens era mais fácil... coisas para contar. as viagens que faço são pela vida. a vida contada pode ser muito enfadonha. é preciso criar. criar sem perder o lado pessoal. criações pessoais. um dia viro-me para a performance!!! hahahaha

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