domingo, 1 de março de 2009

andas sem tocar no chão. é um regresso ao branco. são saltos na vida. é assim. as coisas assumem um carácter luminoso. só queres fazer coisas bonitas. é claro que nem sempre consegues. acordas com uma luz suave. com um sorriso brutalmente mágico. sentes a sua presença entre o pescoço e os ombros, é um conforto tão irrequieto, só queres dançar, saltar, rir. a verdade é que estás vulnerável e isso é bom. estar vulnerável é também estar aberto. é querer passear. nadar. mergulhar numa felicidade que parece que te visita. uma voz. um olhar. gostavas de ser uma casa habitada. farto de ser casa de fantasmas. tudo é tão suave. os teus braços ganham algo de estranhamente eléctrico. queres pegar ao colo. agarrar. encaixar. se te visses de fora irias chamar-te de puto. infantil e inocente. a querer descobrir a vida. a querer correr com as mãos agarradas sobre a areia morna das manhãs. enfim... tanta coisa que te apetece. tudo tão imensamente gigantesco.

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