segunda-feira, 20 de abril de 2009

já sabem os meus caros e as minhas caras, que faz parte do processo de auto-ruptura e de engrandecimento da estupidez humana também chamada inteligência, ou vaidade, ou ignorância, ou insignificância, ou arrogância, ou trintaporumalinhância, bem, onde é que eu ia? no processo, portanto, faz parte desse processo de fonfonfon filosófico/tretístico/literário, alguém, não um lugar, já comecei, ter a capacidade de se auto-gozar. o chamado auto-gozo, não pensemos em masturbações ainda, porra, hoje estou sentimentalmente barroco, adiante no tema senhor Pedro Fiuza, adiante no tema... ok, fónix, maldita auto-castração. o meu tema é o auto-gozo não no sentido da auto-ajuda nem da auto-descoberta nem do auto-prazer, é o auto-gozo do auto-escárnio, do auto-maldizer. de repente está um texto chato e sem chama. pseudo-recomecemos. olhe o ritmo senhor Pedro Fiuza, olhe bem, atenção ao ritmo, preste atenção ao ritmo do que escreve, siga a batuta, siga a batuta, coma a batata seu filho da ursa. percebeu? é como o hip-hop, a dança vertiginosa das palavras no vento sôfrego que arranca a pele no momento em que se grita a vida, percebe senhor Pedro Fiuza, tudo isto é poesia, quer falar do auto-gozo? sim. então fale. a sua auto-castração amiga e companheira aqui anda a olhar por si. voltemos ao auto-gozo, hoje, que me sinto esparvoadamente eléctrico, certamente por alguma disfunção hormonal ou por algum engano da cabeça ou pelas passas do charro ou pelo arroz do jantar, bem, hoje só me apatece deitar-me abaixo da maneira que me é mais cara, que é deitar-me abaixo e pronto, depois de lá estar em baixo, está-se lá em baixo, e lá em baixo está-se à sombra, quase sempre é da bananeira seu banana. tens razão. não sei se é pelo aparecimento do bicho branco, o sacana velhaco, mas de repente dei por mim a pensar destrambelhado na morte e no futuro e no presente e no que quero fazer e na vida, essa porca. ora, um mísero pinoco branco dos que não pinocam nada é capaz de deixar um tipo mortiço num estado ainda mais mortiço. não é isto um absurdo gigante? pois claro que é. um pintelho ganhou de repente o tamanho de uma vaca. não sei se a imagem será boa, mas compreendem o medo que tenho ao falar deste tema, deste e de outros, as intimidades são as intimidades, e uma coisa é a poesia e outra coisa é a prosápia, não sei se me entendem o que quero dizer. eu posso escrever poemas enormes sobre o amor, posso usar o amor como referência, aliás falo do amor como podia falar de outra coisa qualquer, mas posso usá-lo como referência, mas há lados que só pertencem a quem os faz, que são sagrados. um pintelho é um pintelho, o eu ser impossível é eu ser impossível, agora, o lado sagrado é o lado sagrado. ponto final parágrafo que raramente faço mas até vou fazer para marcar melhor esta ruptura no texto.
parágrafo. fónix. isto custa. ia no pintelho branco que me fez pensar e no ser absurdo enquanto motivo. é verdade, é absurdo, mas fez-me pensar. eu detesto pensar. detesto. é sempre tão mais simples a curto prazo ser irreflectido. claro que depois ficas com uma chave na mão e sem porta nenhuma para ela abrir. mas também o que guardas religiosamente dentro de ti se pisga num instante de uma respiração. morte por morte venha o diabo e escolha. quem tem medo compra um cão. quem vai à guerra dá e leva. ao menino e ao borracho. é dos carecas. senhor Pedro Fiuza está avisado, o senhor esquece-se, porra pá, o senhor não se controla, o senhor deixa-se ir, eu já lhe disse, ritmo!!! ok. tudo isto para dizer que o maldito pintelho me rompeu a alma. foi um acumular de circunstâncias que levaram ao seu aparecimento. tenho a certeza do que estou a dizer porque é uma coisa que sinto. este pintelho é um sinal do início do fim. do meu fim. isto é horrível. como será possível ir para África careca e com os pintelhos todos brancos? com aquele sol!!! só escaldões no corpo todo!!! já na Europa é tramado e mesmo assim temos tido uns invernos invernosos. é mau na mesma, frio em cima e frio em baixo, um pintelho branco não tem a mesma consistência de um preto ou castanho. é mais fino, quase que mais frágil, quebradiço. por acaso tenho a sorte de não ser muito friorento porque se fosse... casacos e mais casacos, gorros, chapéus, perucas, capachinhos, havia de valer tudo para não rapar frio, fónix, olha olha... estava eu a dizer que estou acabado e que começam a aparecer os sinais da acabadice, não tenho outra vez barriga nem aquelas fuças de bolacha Maria, ainda sou feioso mas há coisas que nem com plásticas se resolvem, em relação à vida ao contrário, é o que é, lá me habituarei a viver sem rumo, as pessoas devem ter todas o que querem e é normal que haja os que caem no famoso saco roto. antes num roto do que num azul, mas enfim... ainda acredito que bahhh já não acredito em nada, mas o tema não é este. um gajo ri-se ri-se mas o pintelho branco está ganho. agora não me apetece escrever mais. quer dizer, até apetece, mas também quero fumar um cigarro e ouvir uma música. depois logo escrevo mais. agora quero esta: a versão dos Psychic Tv dos Pink Floyd, Set Controls for the Heart of the Sun. é o que vou ouvir. mais um cigarrito. amanhã volto ao assunto, ou não, o que interessará isso agora?

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